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ISQ responde a sectores de ponta

Acreditamos que o ano de 2016, ainda que de forma ténue, será um ano de viragem do ciclo de crise do último lustro. Prevê-se que as grandes unidades industriais do país intensifiquem os seus períodos de paragem destinados à sua manutenção e, consequentemente, que o ISQ aumente a sua prestação de serviços neste âmbito.

Por outro lado e um pouco em contraciclo, tivemos e temos investimentos importantes no sector da aeronáutica, em diferentes regiões do país. Tudo aponta para a relevância deste sector na economia nacional, até porque há projetos de investimento aprovados para que se estabeleçam novas unidades industriais em Portugal.

O ISQ, como uma infraestrutura tecnológica transversal à economia nacional, tem participado em todos os grandes projetos relevantes para o país. A nossa intervenção contempla diversas competências, desde o apoio ao licenciamento, construção, ensaios e análises do ciclo de produção, até ao apoio ao desenvolvimento de produto, como é o caso dos testes de validação do projeto da semi-asa da Embraer a decorrerem nos nossos laboratórios de ensaios estruturais em Castelo Branco.

Portugal tem participado igualmente em vários programas europeus ligados ao espaço, desenvolvidos por entidades europeias como a ESA (Agência Espacial Europeia) e o ESO (Observatório Europeu do Sul). Também nestes, o ISQ tem mantido uma intervenção constante no tempo, estando no Centro Espacial Europeu, na Guiana Francesa, há mais de uma década, acompanhando as operações dos sistemas de lançamento Ariane 5, Soyuz e Vega.
Destaca-se, ainda, o contrato que o ISQ ganhou para a supervisão e inspeção da montagem do ELT (Extra Large Telescope) no deserto de Atacama, no Chile.

Novos desafios estão a ser postos a Portugal no âmbito destes programas, particular- mente pela ESA com o desenvolvimento do Ariane 6, Vega C e programa PRIDE-ISV com base no veículo IXV. Devo sublinhar que no projeto do IXV, o ISQ teve uma participação relevante com a execução de um programa de testes para validação da engenharia de desenvolvimento deste veículo.

O Governo, na pessoa do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Manuel Heitor, tornou pública a ideia de um projeto para uma plataforma Atlântica a ser implementada nos Açores, com um conjunto de objetivos assentes em programas científicos ligados ao mar e ao espaço, bem como para uma possível exploração de mercados que lhe estejam associados.

Relativamente a esta visão, o ISQ está preparado para aceitar este desafio e integrar uma aliança alargada de entidades e empresas nacionais e estrangeiras que venha a concretizá-la. É fundamental que deste cluster se concretize uma fileira industrial com impacte na economia nacional. Para isso será absolutamente essencial que um forte apoio político e financeiro lhe seja consignado, através de contratos-programa que suportem um projeto mobilizador. Deixo ainda uma palavra de apreço pela dedicação e empenho de muitos que no ISQ têm feito tudo isto acontecer, bem como um agradecimento pela prova de confiança das entidades e das empresas com quem cooperamos nos diversos sectores de atividade e, neste caso, no sector da aeronáutica e aeroespacial.

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