QUALIDADE DO SERVIÇO TORNA ISQ PARCEIRO COMPETITIVO
Terceiro maior construtor mundial de aeronaves comerciais, com presença também no mercado da aviação executiva e da defesa e segurança, a Embraer é uma empresa com base no Brasil, com mais de 19 mil colaboradores e com clientes em mais de 60 países. Portugal foi o país escolhido para em 2012 implantar duas fábricas devido, nomeadamente, aos seus recursos humanos qualifcados. Com uma posição diferenciadora no mercado, o ISQ tornou-se num importante parceiro da multinacional brasileira.
Desta sólida relação fala-nos o presidente da Embraer Portugal, Paulo Marchioto.
Que razões levaram a Embraer a instalar duas fábricas em Portugal e, em particular, em Évora?
Do exercício de análise estratégica feito uma década atrás, a Embraer identificou algumas áreas tecnológicas muito específicas, a existir entre o conjunto dos nossos fornecedores, e encontrou na União Europeia e em particular em Portugal as condições que proporcionavam a implantação das duas fábricas. Por sua vez, a cidade de Évora reunia muito boas condições, desde a disponibilidade de mão-de-obra qualificada até à qualidade de vida que a cidade proporciona.
O ISQ contribuiu para o sucesso da atividade da Embraer em Évora?
O ISQ começou a trabalhar com a Embraer em Évora ainda durante a fase de construção das duas fábricas. Esta colaboração prosseguiu aquando da instalação de equipamentos e do arranque da atividade fabril e mantém-se hoje no dia-a-dia da nossa atividade produtiva. Até à data, podemos dizer que o ISQ tem contribuído para o sucesso da operação da Embraer em Évora.
Os laboratórios do ISQ têm demonstrado capacidade de resposta face às necessidades e exigências da Embraer?
Uma das razões pela qual o ISQ tem dado apoio às nossas operações em Évora prende-se com o leque de serviços que apresenta e nos propõe quando oportuno. Temos recorrido ao ISQ sempre que as nossas necessidades se cruzam com propostas competitivas que nos são apre-sentadas pelo ISQ, em comparação com outras entidades presentes no mercado. Seja essa competitividade ao nível dos preços que apresenta, seja em termos da qualidade do serviço que nos propõe, face ao que é praticado no mercado.
Quais as expectativas de reforço da relação entre a Embraer e o ISQ em Évora?
Pelos factos resultantes da experiência de trabalho até hoje, a Embraer vê no ISQ uma organização com competências relevantes, as quais nos podem continuar a ser úteis sempre que a nossa necessidade se cruze com a sua oferta competitiva.
Que razões levaram ao desenvolvimento e produção de asas em Portugal?
A Embraer identifica o desenvolvimento e fabrico de asas como uma atividade crítica no seu processo de geração de conhecimento enquanto integrador aeronáutico (OEM – Original Equipment Manufacturers). Com partes de asas ou asas completas produzidas em Évora enquanto Centro de Excelência, é nosso objetivo que as nossas duas empresas em Portugal acompanhem de perto as tendências a nível global nesta matéria específica. Foi nesse contexto que surgiu o estudo de oportunidade para o projeto, que envolveu o ensaio pelo ISQ em Castelo Branco de um demonstrador de asa em materiais compósitos.
E o ISQ demonstrou mais uma vez ser um parceiro tecnológico à altura?
Pretendendo realizar uma campanha de ensaios num demonstrador de uma asa somente em materiais compósitos, a Em-braer fez uma avaliação da capacidade existente em Portugal. Das consultas realizadas, realmente o ISQ demonstrou ter as condições apropriadas para o fazer e a experiência necessária face ao mercado. Assim, o projeto aconteceu
Neste campo do desenvolvimento tecnológico, que expectativas tem quanto ao relacionamento futuro entre as duas entidades?
Mais uma vez, os factos que resultam da cooperação que mantivemos até hoje sugerem que mais projetos poderão existir, assim se identifiquem novas oportunidades concretas em que, num mercado tão exigente como este, o ISQ demonstre as suas competências nas condições mais competitivas. A Embraer pretende desenvolver outros projetos em Portugal? Sim, no primeiro trimestre deste ano já assinámos dois novos contratos de investimento com o Estado português, os quais, entre outros projetos, irão viabilizar o fabrico em elevada cadência de conjuntos de estruturas de grande dimensão para a nova família de jatos comerciais da Embraer, o E-Jets E2.
No total, vamos investir em Portugal mais 93 milhões de euros.